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2 milhões de doses de sêmen bovino por ano.


Seleon prevê industrializar 2 milhões de doses de sêmen bovino por ano.

 

São Paulo, 18 - O diretor-presidente da Seleon Tecnologia, Bruno Grubisich, disse que a meta da empresa é a industrialização de 2 milhões de doses de sêmen bovino por ano. 'Nosso posicionamento é de prestador de serviço, de sermos um veículo da biotecnologia em reprodução animal. Temos mais de 90% do mercado de bovinos a ser trabalhado (somente 10% utiliza a biotecnologia na produção de bovinos de corte e de leite)', declarou o executivo, em coletiva de imprensa há pouco. 'O segmento de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) é mercado crescente e ainda existe lacuna de informação', acrescentou ele, que anunciou hoje investimento de R$ 20 milhões em central de coleta e processamento de sêmen bovino. O objetivo é aplicar biotecnologias para elevar a produtividade da pecuária nacional, produzindo embriões em larga escala para democratizar a genética de alto desempenho no rebanho brasileiro.


Questionado se a empresa chega para disputar o mercado de comercialização de sêmen, que tem players como a Alta Genetics e a CRV Lagoa, Grubisich explicou que não. 'Não temos nenhuma intenção de disputar mercado em termos de comercialização. Aliás, podemos trabalhar em parceria. Eles podem vir a ser nossos clientes. A ideia é sermos multiplicadores de genética de alta qualidade e darmos escala a produção de embriões', declarou.


O diretor técnico da Seleon Biotecnologia, José Roberto Potiens, ressaltou que as centrais de coleta e processamento das comercializadoras estão atingindo capacidade máxima e a Seleon pode ajudar na expansão da produção. 'Além disso, nossas instalações ficarão estabelecidas em um local de clima mais ameno (em Itatiba, interior de São Paulo) e sabemos que alguns touros não produzem sêmen no calor e precisam de uma temperatura amena', explicou.

A empresa não produzirá sêmen de uma raça específica e em suas pesquisas e desenvolvimento formalizará convênios com as principais instituições do setor, como Embrapa, Unesp (Botucatu), Esalq (Piracicaba), Fapesp, Capes, Finep, entre outros.
A Seleon aposta na demanda crescente pela proteína no mercado interno e externo. A companhia prevê que a produção de carne bovina passe dos atuais 9,5 milhões de toneladas/ano para 11,04 milhões de tonelada/ano em 2020, boa parte com o uso de melhoramento genético. 'Existe esforço dos produtores, as fazendas estão mudando, estão investindo em tecnologia. Ainda precisa de um pouco mais de tempo', declarou.
BNDES


A concepção da Seleon Biotecnologia começou há mais de um ano e o aporte de R$ 20 milhões será parte vinda de recursos próprios e parte de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 'Pretendemos acessar algumas linhas do BNDES, ainda estamos definindo quais', disse Grubisich, sem citar qual o volume total. Ele disse que espera um retorno do investimento para entre três e cinco anos.
Bruno Grubisich é filho do presidente da Eldorado Celulose, José Carlos Grubisich, e disse que a genética 'sempre esteve na cultura da família'. Ambos são criadores de gado e donos da Verdana Agropecuária.

 

Agencia Estado

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